O
autor destaca neste texto que para que haja uma mudança qualitativa no processo
de ensino-aprendizagem é necessário mudanças na conduta do professor dentro da
sala de aula.
Todavia,
transitar de hábitos relativos ao exame para hábitos referentes à avaliação não
é fácil para este profissional da educação;
Primeiramente,
padrões de compressão e conduta foram impostos ao modelo escolar por séculos
passados e que atualmente não se enquadram no modelo escolar que precisamos
diante destes novos tempos. Os exames praticados nas escolas trazem consigo uma
carga negativa, controla, ameaça e castiga os alunos, sua utilização não
proporciona resultado escolares bem sucedidos. É preciso desconstruir esse
velho modo de agir e incorporar no cotidiano do educador uma ação comprometida com
a construção do aprendizado significativo.
O
segundo fator que dificulta essa mudança se dá pelo fato da escola estar
inserida numa sociedade excludente e hierarquizada, então a prática examinadora
por ter característica classificatória e excludente vai de encontro com o
modelo social presente, tal equivalência reforça a sua utilização dentro do
modelo escolar. Se opor ao que é dado como natural e habitual não é fácil,
neste caso para haver uma grande transformação no ensino é necessário fazer
mudanças no âmbito político.
O
terceiro fator que compromete a mudança na conduta do professor está
relacionada com sua própria vivência dentro da escola, por vezes este profissional
acaba replicando os mesmos atos ao qual foi submetido. Deste modo, ele reproduz
de forma automática o que está incorporado ao seu inconsciente.
Portanto,
a mudança do ato de examinar para avaliar na escola requer uma conversão no
sentido de substituir conceitos e modos de agir que não remetem a real função
do professor. Sua conduta profissional com vista produzir melhorias nos
resultados do ponto de vista da aprendizagem.
Referência:
LUCKESI,Cipriano
Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In:LUCKESI,Cipriano Carlos.Avaliação da aprendizagem escolar:
estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.67-72.
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